Mais do que nunca, a sustentabilidade é uma pauta indispensável para as empresas e para o mundo. Nossa forma de consumo hoje é outra: embasamos nossas escolhas de forma mais consciente, coerente e cuidadosa. Preservar é um compromisso com a geração futura, para que nossos filhos possam viver em um planeta saudável e perpetuem este bom exemplo. Assim como mães e pais, a Pitibebê/Começo de Vida acredita que, com pequenas ações, podemos cuidar desta nossa casa e fazer dela um lugar melhor.
Hoje trazemos para vocês um pouquinho dos cuidados ambientais que realizamos na nossa empresa (e também os que prospectamos concretizar). Nossa convidada é a arquiteta e urbanista Gabriela Konrad Naibo, que desenvolve ações de sustentabilidade em sua marca autoral e consultoria a empresas. Com ajuda da Gabriela, implementaremos ainda mais ações em nossa sede e sistema produtivo, para nos tornarmos uma empresa têxtil cada vez mais sustentável.
Conheça um pouco sobre nossas iniciativas, o trabalho da Gabriela e a importância da sustentabilidade na indústria.
“A Começo de vida/Pitibebê tem ações sustentáveis em andamento e esse compromisso com as gerações futuras já faz parte da visão estratégica da empresa.
A sustentabilidade é muito maternal, é sobre cuidar do nosso corpo, cuidar da nossa casa, cuidar da nossa empresa e por fim cuidar do planeta. As necessidades do presente não podem comprometer a possibilidade de as futuras gerações também satisfazerem suas necessidades.
Eu Gabriela, arquiteta e urbanista de formação, comecei a empreender sem nenhum pano de fundo na Moda, comecei com nada mais do que algumas perguntas simples, e o que eu descobri mudou para sempre a maneira como penso sobre as coisas que visto. É uma história sobre roupas, sobre as roupas que vestimos, as pessoas que produzem essas roupas e o impacto que isso está tendo no mundo. Todos nós estamos conectados aos muitos corações e mãos por trás de nossas roupas.
Meu primeiro contato com a sustentabilidade foi em 2011, quando concluí uma certificação que indicava materiais sustentáveis para a construção civil. Desde então eu sabia que em 5 ou 10 anos muita coisa iria mudar.
Trabalhando como arquiteta comecei a me questionar, sobre legado e sobre o que eu iria deixar pro mundo. Nesse período eu já buscava uma alimentação saudável, fazia atividade física regularmente, tinha cuidados especiais com a saúde, sempre acreditei que tudo acontece de dentro para fora. E foi aí que as minhas formas de consumir começaram a mudar.
Em 2013, infelizmente, ocorreu um marco que realmente potencializou muito mais esse movimento e trouxe mais consciência ambiental. Foi no dia 23 de abril de 2013, quando um complexo industrial muito grande, chamado Rana Plaza, desabou. Lá era uma grande confecção de várias marcas do mundo todo, principalmente de fast fashion. Não ia ser algo imediato, mas naquele momento começou um envolvimento maior. Como a consciência da sustentabilidade aumentou, essas marcas criaram projetos, métricas, mas isso ainda estava um pouco vago, as pessoas não entendiam exatamente o que era esse movimento e não havia muita transparência.
O acontecimento no Rana Plaza marca muito o aspecto cultural e social daquela região em Bangladesh. Então, quando se fala em sustentabilidade, os fatores principais são o ambiental, que é a questão dos poluentes, como preservar a natureza, tratamento da água, etc; e também os fatores sociais e econômicos, que são igualmente importantes.
Acidentes em confecções são frequentes, principalmente em países asiáticos, mas violações dos direitos humanos e condições de trabalho degradantes podem ocorrer em todo o mundo. No Brasil, diversas marcas já foram flagradas com trabalho análogo à escravo. Além de tornar as pessoas por trás de nossas roupas invisíveis, a indústria da moda é ainda uma das maiores poluidoras do planeta, desde a extração da matéria-prima, passando pelos processos de fiação, tecelagem, beneficiamento, corte, costura até chegar no cuidado em casa e descarte. O alto consumo de água, energia, químicos tóxicos, as emissões de carbono e a produção de resíduos permeiam todo este cenário. Por outro lado, eu a vejo como um setor criativo, empreendedor e multifacetado que é vital para o nosso bem-estar econômico e pessoal. Eu defendo o uso da moda como agente de inovação e mudança, particularmente nas áreas de sustentabilidade, saúde e bem-estar.
E a partir desse movimento, me conectei com a Sra. Claudia Marcon fundadora e CEO da Começo de Vida Ind. e Com. LTDA, onde também atua na administração das marcas Começo de Vida, Piti Bebê, Piti Bebê e Pet e Caudia Marcon, marca que leva o seu nome, todas no segmento de confecção bebê e infantil.
Na nossa conversa inicial, pude mapear que na Começo de Vida a sustentabilidade já está associada a ações em andamento e já faz parte da visão estratégica da empresa. A nova fábrica foi construída com uma proposta sustentável, visando o bem estar, a economia de energia, a captação de água, a destinação de resíduos e um melhor aproveitamento da iluminação e ventilação naturais.
Além do espaço físico, a função social sempre esteve presente na Começo de Vida, onde já receberam alguns prêmios como o de Responsabilidade Social da Walmart Brasil. A empresa conta com vários projetos que visa bem-estar e saúde das colaboradoras, bem como o Projeto Menos Lixo, com composteira, horta orgânica, entre outros.
Unindo os mais de 25 anos no mercado da Começo de Vida e aplicando técnicas que incorporam sustentabilidade e comércio justo, iniciaremos nosso projeto com uma palestra de sensibilização ainda neste ano, no mês de novembro e desenvolveremos iniciativas grandiosas para 2022.
Vamos construir o planeta que queremos deixar para as gerações futuras, começando hoje.”

Gabriela Konrad Naibo
Arquiteta e Urbanista
Empreendedora na INK Native Design
Consultora na INK for Business
@inknativedesign